sábado, 21 de maio de 2016

Fala fino que a conversa agora é outra

Tem gente que não tem a menor ideia da responsabilidade dos espaços de poder que, de um jeito ou de outro, acabam ocupando. Por exemplo, o Serra, que está circunstancialmente a frente das relações internacionais do Brasil. Circunstancias, que em muito em breve devem mudar.

Neste contexto todo, fico imaginando, o quê que este sujeito ia falar, por exemplo, com o Rei africano que deu o seu trono pro Lula?

Ou então, explicar para o Papa Francisco e para o resto do mundo, que usando uma lógica de que a Igreja Católica possui possibilidade de imunidade diplomática para seus representantes, o que tem de mais, dar um passaporte diplomático brasileiro para tentar salvar o Cunha, afinal ele também tem uma igreja.

Talvez, a rasa compreensão tucana, do mundo que cerca o Brasil não permita o ministro golpista do Temer, entender o tamanho da encrenca que eles compraram. Será que o Serra sabe que o Vaticano é um país? Inclusive um dos poucos, que mantém relações diplomáticas com todos os outros.

Será que ele consegue mensurar o nível de reconhecimento e respeito que o campo democrático e popular, representado atualmente pela presidente Dilma, galgou em determinados lugares, deste pequeno ponto azul que orbita em torno do sol?

Será que imagina, o sentimento de gratidão dos dirigentes de certas nações, quando Lula quebrou as patentes dos remédios para a AIDS, em um firme posicionamento internacional, viabilizando a salvação de grande parcela da população da África, nosso continente irmão?
Mas esperar o quê de quem, como disse Chico Buarque de Holanda, se acostumou “a falar fino com os países ricos e falar grosso com a Bolívia”?

As lambanças deste governo golpista, reverberam e repercutem mundo afora. Dentro de nosso país, as reações contra toda esta farsa de impeachment são cada vez mais contundentes.

Importantes segmentos ligados do direito discutem seriamente a constituição de uma nova entidade representativa, já que o posicionamento dos dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil, optou pelo retrocesso e entreguismo que este golpe representa.

Nos palcos, nas ruas, nas redes, a denuncia e combate ao golpismo é uma realidade. O povo brasileiro está cada vez mais está mais consciente do que está em jogo. E não é só a composição do ministério, que tem menos mulheres e negros que o Power Ranger.

E a tendência é que outras tantas nações se posicionem, como os países que já exigiram o retorno de seus embaixadores.

No campo econômico, as sanções já começaram, como os Russos que já embargaram a compra de carne brasileira.

Imagino, por exemplo, se os Chineses, não compactuando com esta tentativa de golpe de estado, embargarem as importações brasileiras, deixando a soja estragar no pé, por quando tempo será que os ricos latifundiários de nosso país manterão o apoio ao ilegítimo governo de vice-vigarista Michel Temer e sua corrida maluca: pegue o povo.

Isto tudo, a poucos dias de entrada em operações o banco dos BRICS, conquista contra-hegemônica deste novo mundo multipolar.

O modelo do golpe, que tenta tomar o poder no Brasil, já foi aplicado em outras nações sul americanas. Honduras em 2009, com a deposição do Zelaya e do ex-bispo católico Lugo, presidente deposto do Paraguai.

Porém, erraram nos cálculos ao considerarem que no Brasil ia ser o mesmo passeio. Erraram no tom, erraram no volume, mas sobretudo, erraram no discurso. E no batidão do role, nem o passaporte diplomático vai salvar, esta turma que toma trote até de radialista estrangeiro.

Mas o governo provisório, interino, passageiro e temporário tem dias contados. E o tic-tac do relógio da historia que é infalível e cobra alto suas faturas.

#ForaTemer #NãoAoGolpe #BoraPularNaPiscinaJessica #EstáTendoLuta



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